quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A Borboleta

Uma vida em um dia
O tempo que ela já não tem
Tão pouco é o que lhe resta
Mesmo assim sua beleza encanta os olhos de quem a vê

O perfume suave de cada flor
O sabor de cada pouso
Em suas asas a sintonia das cores
A liberdade mágica de cada vôo.

Mas tão pouco já lhe resta
E agora penso em minha vida
Tanto tempo tive até hoje
E ela fez tudo o que eu sonhava apenas em um dia.

Ela apreciou a brisa leve em seu rosto
Fez alguém um pouco mais feliz
Não teve medo de arriscar alguns vôos
Tudo isso não é só sobre ela, é também sobre mim.

Já é quase tarde
E o pouco, agora já é quase nada
Ela fecha os olhos revivendo cada lembrança
É o fim da sua beleza rara.

Agora a vejo ali imóvel
E nem sei por onde ela esteve
E as cores ainda vivas em seu corpo leve
São capazes de aliviar minha tristeza

Nenhum comentário:

Postar um comentário